Ao termino de uma informal conversa com a Cristiane Xavier responsável da arte do blog,
estava eu com o evangelho em minhas mãos e resolvi fazer uma brincadeira.
Perguntei:
-Cris, fala um número de 01 a 500!
-236
respondeu ela...
236 é a pagina que nos dá um brilhante ensinamento.
-236
respondeu ela...
236 é a pagina que nos dá um brilhante ensinamento.
Vale muito a pena ser lido, pois,
julgo não ter sido por acaso que ficou em minha mente.
Portanto, excelente leitura, excelente estudo!
Assim Seja, Graças a Deus!
Leandro Tadeu Gomes
Portanto, excelente leitura, excelente estudo!
Assim Seja, Graças a Deus!
Leandro Tadeu Gomes
Os Infortúnios
Ocultos
Nas grandes
calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no
sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há
milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem
sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os
que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam
assistência.
Quem é esta mulher
de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua
companhia uma mocinha tão modestamente vestida? Entra numa casa de sórdida
aparência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam
respeitosamente.
Aonde vai ela? Sobe
até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças. À sua chegada,
refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. E que ela vai acalmar ali todas
as dores. Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras,
que fazem que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância,
aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá
permanece, a mãe não consegue com o seu trabalho prover às necessidades da
família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio,
nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorzinhas, o leite não secará
no seio que as amamenta. Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela,
à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hospital
levar ao pai algum reconforto e tranqüilizá-lo sobre a sorte da família. No
canto da rua, uma carruagem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina
aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita. Não lhes
pergunta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera
como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Terminado o seu giro, diz de
si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o
sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação.
A noite, um concerto
de benções se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus,
protestantes, todos a bendizem. Por que tão singelo traje? Para não insultar a
miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda
como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A
mãe, porém, lhe diz: "Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu?
Se eu te passar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu
mérito? Nesse caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento
terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a
tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa.
Não te parece
bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás
roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de
ti." É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a filha para a
prática das virtudes que o Cristo ensinou. E espírita ela? Que importa!
Em casa, é a mulher
do mundo, porque a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela
não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no
entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que
andava a vender trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la,
reconheceu nela a sua benfeitora. "Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o
digas a ninguém." Falava assim Jesus.
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