domingo, 23 de agosto de 2015


Durante a nossa vida causamos transtornos na
vida de muitas pessoas,
porque somos imperfeitos.
Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas,
falamos sem necessidade,
incomodamos.
Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente.
Mas agredimos.
Não respeitamos o
tempo do outro,
a história do outro.
Parece que o mundo gira
em torno dos nossos desejos
e o outro é apenas
um detalhe.
E, assim, vamos causando transtornos.
Esses tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção.
Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma.
O outro também está em construção e também causa transtornos.
E, às vezes,
um tijolo cai e nos machuca.
Outras vezes,
é o cal ou o cimento que suja nosso rosto.
E quando não é um,
é outro.
E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco
também têm de fazer.
Os erros dos outros,
os meus erros.
Os meus erros,
os erros dos outros.
Esta é uma conclusão essencial:
todas as pessoas erram.
A partir dessa conclusão, chegamos a uma necessidade
humana e cristã:
o perdão.
Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras.
É compreender que os
transtornos são muitas vezes involuntários.
Que os erros dos outros são
semelhantes aos meus erros e que,
como caminhantes de uma jornada,
é preciso olhar adiante.
Se nos preocupamos com
o que passou,
com a poeira,
com o tijolo caído,
o horizonte deixará de ser contemplado.
E será um desperdício.
O convite que faço é que você experimente a beleza
do perdão.
É um banho na alma!
Deixa leve!
Se eu errei,
se eu o magoei,
se eu o julguei mal,
desculpe-me por todos
esses transtornos…
Estou em construção!

Papa Francisco

quarta-feira, 22 de julho de 2015



Compaixão em Família

"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e, principalmente dos da sua família, negou a fé...”.
Paulo. {I Timóteo, 5:8.}


São muitos assim,
Descarregam primorosa mensagem nas assembleias, exortando o povo à compaixão; bordam conceitos e citações, a fim de que a brandura seja lembrada; Entretanto, no instituto doméstico, são carrascos de sorriso na boca.
Traçam páginas de subido valor, em honra da virtude, comovendo multidões; mas não gravam a mínima gentileza nos corações que os cercam entre as paredes familiares.
Promovem subscrições de auxílio público, em socorro das vítimas de calamidades ocorridas em outros continentes, transformando-se em titulares da grande benemerência; contudo, negam simples olhar de carinho ao servidor que lhes pões a mesa.
Incitam a comunidade aos rasgos de heroísmo econômico, no levantamento de albergues e hospitais, disputando créditos publicitários em torno do próprio nome; entretanto, não hesitam exportar, no rumo do asilo, o avô menos feliz que a provação expões à caducidade.
Não seremos nós quem lhes vá censurar semelhante procedimento.
Toda migalha de amor está registrada na lei, em favor de quem a emite.
Mais vale fazer bem aos que vivem longe, que não fazer bem algum.
Ajudemos, sim, ajudemos aos outros, quanto nos seja possível; entretanto, sejamos igualmente bons para com aqueles que respiram em nosso hálito. Devedores de muitos séculos temos em casa, no trabalho, no caminho, no ideal ou na parentela, as nossas principais testemunhas de quitação.

Emmanuel - Livro "Luz no Lar"- Francisco Cândido Xavier




quarta-feira, 8 de julho de 2015


Respeito pelos outros

Todos somos naturalmente egocêntricos, pois o egocentrismo é a base da individualidade e, consequentemente, da personalidade. A pessoa humana é um ego conscientemente definido. E é necessário que seja assim, pois do contrário não seríamos um ser, uma consciência estruturada e capaz de agir. Mas o egoísmo é uma deformação do egocentrismo, uma doença do ego. Essa doença se manifesta por vários sintomas bem conhecidos: a arrogância, a avareza, o comodismo, a ganância e, sobretudo a falta de respeito pelos outros.
A facilidade com que interferimos na vida alheia, com que xingamos, insultamos, caluniamos, julgamos os outros – é o maior flagelo que assola o mundo. Essa falta de respeito pelos outros é o fruto espinhento do egoísmo que gera os conflitos no lar, na sociedade, nas nações e na vida internacional.
Os espíritas, incumbidos da missão de restabelecer o cristianismo na Terra, são os que mais necessitam de compreender esse problema. O primeiro dever dos espíritas, no tocante ao respeito pelo próximo, refere-se à própria doutrina que nos foi dada pelos espíritos superiores através do trabalho missionário de Allan Kardec. No entanto, a todo o momento vemos espíritas que pretendem, sem o mínimo de conhecimento doutrinário exigível, reformar a doutrina e superara Kardec.
No item 4 do capítulo XX de O evangelho segundo o espiritismo temos a bela mensagem de Erasto, discípulo do apóstolo Paulo, intitulada “Missão dos espíritas”, que devia ser lida e comentada constantemente nas reuniões doutrinárias. Erasto nos adverte: “Cuidado, que entre os chamados para o espiritismo muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho – e buscai a verdade!”
Emmanuel, em sua mensagem, nos conclama ao amor e ao respeito mútuos, segundo “as leis do bem que Jesus nos legou”. Amor e respeito não querem dizer anulação do discernimento e da personalidade, querem dizer compreensão. Precisamos amar, compreender e respeitar os outros, mas sempre nos lembrando do respeito que devemos ao Espírito da Verdade e à doutrina que ele nos legou.

Irmão Saulo

quarta-feira, 10 de junho de 2015



Mensagem da criança ao homem.

Construísse palácios que assombram a Terra; entretanto, se me largas ao relento, porque me faltem recursos para pagar hospedagem, é possível que a noite me enregele de frio.
Multiplicaste os celeiros de frutos e cereais, garantindo os próprios tesouros; contudo, se me negas lugar à mesa, porque eu não tenha dinheiro a fim de pagar o pão, receio morrer de fome.
Levantaste universidades maravilhosas, mas, se me fechas a porta da educação, porque eu não possua uma chave de ouro, temo abraçar o crime, sem perceber.
Criaste hospitais gigantes; no entanto, se não me defendes contra as garras da enfermidade, porque eu não te apresente uma ficha de crédito, descerei bem cedo ao torvelinho da morte.
Proclamas o bem por base da evolução; todavia, se não tens paciência para comigo, porque eu te aborreça, provavelmente ainda hoje cairei na armadilha do mal, como ave desprevenida no laço do caçador.
Em nome de Deus que dizes amar, compadece-te de mim! …
Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
Não te peço o máximo que alguém te venha a solicitar em meu benefício

Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que eu possa viver e aprender.

Pelo espírito Meimei

segunda-feira, 4 de maio de 2015



Guardemos o coração

“Dúbio e inconstante como é em tudo o que faz” Tiago 1:8


Urge reconhecer que no sentimento reside o controle da vida.
Na romagem terrestre, múltiplos são os caminhos que conduzem ao aperfeiçoamento.
Fartura e escassez, formosura e fealdade, alegria e sofrimento, liberdade e tolhimento, podem aliciar excelentes possibilidades de realização humana para a espiritualidade superior.
O homem de coração dobre, porém, é infiel às bênçãos divinas em todos os setores da luta construtiva.
Se recebe talentos da riqueza terrestre, entrega-se, comumente, às alucinações da vaidade.
Se detém os dons da pobreza, liga-se, quase sempre, aos monstros da inconformação.
Se possui belo corpo dá-se, em via de regra, aos excessos destruidores.
Se dispõe de vaso orgânico defeituoso, na maioria dos casos perde o tempo em desespero inútil.
No prazer, é incontido.
Na dor, é revoltado.
Quando livre, oprime os irmãos e escraviza-os.
Quando subalterno, perturba os semelhantes e insinua a indisciplina.
O sentimento é o santuário da criatura. Sem luz aí dentro, é impossível refletir a paz luminosa que flui incessantemente de Cima.
Ofereçamos ao Senhor um coração firme e terno para que as divinas
Mãos nele gravem os augustos Desígnios. Atendida semelhante disposição em nossa vida íntima, encontraremos em todos os caminhos o abençoado lugar de cooperadores da divina Vontade.

Emmanuel -  Livro Vinha de Luz Cap.29






segunda-feira, 27 de abril de 2015


Não Duvides

“porque aquele que duvida é semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento “
Tiago 1:6

 
Em teus atos de fé e esperança, não permitas que a dúvida se interponha, como sombra, entre a tua necessidade e o poder do Senhor.
A força coagulante de teus pensamentos, nas realizações que empreendes, procede de ti mesmo, das entranhas de tua alma, porque somente aquele que confia consegue perseverar no levantamento dos degraus que o conduzirão à altura que deseja atingir.
A dúvida, no plano externo, pode auxiliar a experimentação, nesse ou naquele setor do progresso material, mas a hesitação no mundo íntimo é o dissolvente de nossas melhores energias.
Quem duvida de si próprio, perturba o auxílio divino em si mesmo.
Ninguém pode ajudar àquele que se desajuda.
Compreendendo o impositivo de confiança que deve nortear-nos para a frente,insistamos no bem, procurando-o com todas as possibilidades ao nosso alcance.
Abandonemos a pressa e olvidemos o desânimo.
Não importa que a nossa conquista surja triunfante hoje ou amanhã. Vale trabalhar e fazer o melhor que pudermos, aqui e agora, porque a vida se incumbe de trazer-nos aquilo que buscamos.
Avançar sem vacilações, amando, aprendendo e servindo infatigavelmente – eis a fórmula de caminhar com êxito, ao encontro de nossa vitória. E nessa peregrinação incansável não nos esqueçamos de que a dúvida será sempre o frio do derrotismo a inclinar-nos para a negação e para a morte.

Emmanuel (Fonte viva. Ed. FEB. Cap. 165)

terça-feira, 14 de abril de 2015


Elogios e críticas

“Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto e desce do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação (Tg 1:17)

Se o Sol dependesse da aprovação humana para alimentar a vida que se lhe gravita em derredor, certo que, desde muito, estaria reduzido a montão de cinzas.
Se a Terra sofresse com as censuras que lhe são constantemente desfechadas por todos aqueles que a categorizam por vale de lágrimas, já teria descido à condição de um cemitério no Espaço.
Se a semente rejeitasse a solidão e a morte a que se vê relegada no solo, a fim de colaborar no sustento do mundo, as criaturas estariam, há muito tempo, sem a bênção do pão.
Se a fonte recusasse o regime de mudança incessante e permanente em que é chamada a servir, a vida organizada na Terra se mostraria confinada a primitivismo e estagnação.
Se a árvore só produzisse sob aplausos, o fruto não abençoaria a mesa dos homens.
Obreiros da Verdade e do Bem, reflitamos nas lições simples da Natureza e trabalhemos.
Agradecei o louvor que vos fortalece para o desempenho das obrigações naturais do mundo e aproveitai com resignação a advertência que a crítica vos dê. Entretanto, se precisamos de elogios para trabalhar e se a admoestação nos paralisa as faculdades de servir, estamos ainda longe de compreender o tesouro das oportunidades de aprimoramento e elevação que nos enriquece os caminhos, de vez que, acima de tudo, a bênção que nos reconforta, a luz que nos clareia a estrada, a força que nos sustenta e o apoio que nos escora chegam sempre de Mais Alto e procedem, originariamente e tão-somente, de Deus.


Emmanuel

(Reformador, set. 1971, p. 195)  Ed. O Clarim. Cap. Elogios e críticas.

domingo, 5 de abril de 2015


A Páscoa

Que a Páscoa seja um momento de renovação da esperança,que seja o momento da nossa libertação, da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral, a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor.
Que seja um momento de reflexão, reafirmação do compromisso com os ensinamentos do mestre, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação,que além da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de "sermos deuses", "fazendo brilhar a nossa luz".
Que toda vez que nos sentirmos solitários,toda vez que sentirmos a falta da amizade, do AMOR,da sua dedicação e da presença de Jesus,que nos reunamos e celebremos a Páscoa em memória de Jesus, em memória do amor, e sobretudo em memoria da libertação de que Jesus é mensageiro,porque ele veio para libertar o homem da escravidão da matéria e da escravidão dos sentidos.
A mensagem de Jesus é libertadora, porque ela vem trazer um amor incondicional, um amor que ama independente de,portanto é um amor que liberta, portanto Jesus recomenda que todos se reúnam celebrem a Páscoa para celebrar o AMOR e a imortalidade da alma.


Texto de CVDEE - Centro Virtual e Divulgação do Espiritismo.
E parte do texto de Haroldo Dutra Dias

segunda-feira, 30 de março de 2015


Coisas Mínimas

“Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” — Jesus. (LUCAS, 12: 26.)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”

Emmanuel - Livro Caminho Verdade e Vida

sábado, 21 de março de 2015



O Dia Internacional da Síndrome de Down - 21 de março já era lembrado em diversos países, mas agora passou a fazer parte do calendário oficial de 193 países membros das Nações Unidas – ONU.
A data foi escolhida pela Associação Internacional, Down Syndrome International, em alusão aos três cromossomos no par de número 21 (21/3) que as pessoas com síndrome de Down possuem.
A síndrome de Down não uma doença. É uma ocorrência genética natural, que no Brasil e está presente em todas as raças. Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente.
O material genético em excesso (localizado no par de número 21) altera o desenvolvimento regular da criança. Os efeitos do material extra variam enormemente de indivíduo para indivíduo, mas pode-se dizer que as principais características são os olhinhos puxados, o bebê ser mais molinho, e o desenvolvimento em geral se dar em um ritmo mais lento. Com apoio para seu desenvolvimento e a inclusão em todas as esferas da sociedade, as pessoas com síndrome de Down têm rompido muitas barreiras. Em todo o mundo, e também aqui no Brasil, há pessoas com síndrome de Down estudando, trabalhando, vivendo sozinhas, escrevendo livros, se casando e até chegando à universidade.
Para que as pessoas com Síndrome de Down desenvolvam seu potencial precisam de muito estímulo. Convivendo e se relacionando afetivamente com aqueles que as cercam, aprendem a experimentar, explorar, sentir e entender através das múltiplas sensações o mundo a sua volta. Como resposta, as crianças especiais fazem uma memória dessa vivência, como um banco de dados.As crianças com Síndrome de Down devem ser educadas como quaisquer outras. Com muitos cuidados e atenção, mas também com firmeza e limites. Devem se sentir uma parte da família, aprender a conviver e a dividir. No caso de dúvidas e incertezas por parte dos pais, estes deverão procurar orientação e informações corretas por meio de profissionais especializados, ou mesmo procurarem se integrar com outras pais que tenham filhos especiais.Porém, todas as ações das famílias e da comunidade devem visar a inclusão dessas crianças e todas as fases de sua educação. A base de tudo deve ser e sempre será a família. Depois, como segundo referencial, a escola, regular ou especial, mas que proporcione uma convivência sadia entre professores e alunos. Uma terceira etapa diz respeito a comunidade, que deve proporcionar meios para a efetiva inclusão dos especiais no mercado de trabalho, relevando suas potencialidades. No Brasil e no mundo inteiro há pessoas com Síndrome de Down que seguem suas vidas normalmente, estudam, trabalham, se casam e chegam até às universidades.Quebre a resistência e tome uma atitude: construa acessibilidade para a pessoa especial, contribuindo assim para a ampla inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da FEDAPAEs

sexta-feira, 20 de março de 2015


Convém Refletir


 “Que cada um esteja pronto para ouvir, mas lento para falar e lento para encolerizar-se.”(TIAGO, 1: 19) 



Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir.
É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar 
o sentido das vozes, sugestões e situações que a rodeiam. 
Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no 
ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem
falar de modo edificante na estrada evolutiva. 
Quem ouve, aprende. Quem fala, doutrina. 
Um guarda, outro espalha. 
Só aquele que guarda, na boa experiência, espalha com êxito. 
O conselho do apóstolo é, portanto, de imorredoura oportunidade. 
E forçoso é convir que, se o homem deve ser pronto nas observações 
e comedido nas palavras, deve ser tardio em irar­-se. 
Certo, o caminho humano oferece, diariamente, variados motivos à ação
enérgica; entretanto, sempre que possível, é útil adiar a expressão colérica 
para o dia seguinte, porquanto, por vezes, surge a ocasião de exame mais
sensato e a razão da ira desaparece. 
Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função definida. 
Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingirá serenamente os fins a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e, irando­-se, provavelmente não realizará coisa alguma.

Francisco Candido Xavier por Emmanuel 

terça-feira, 17 de março de 2015


Contentar-se


“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.”
Paulo. (FILIPENSES, 4:11.)


A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas na Terra.
A vida simples, condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.
Pedem-se a Deus absurdos estranhos. Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das aquisições indispensáveis.
O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias.
Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução própria e atira-se a aventuras de conseqüências imprevisíveis, em face do seu futuro infinito.
Se já compreendes tuas responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.
Estarás, acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

quarta-feira, 11 de março de 2015


Prova e bençãos
Esforçando-te por superar dificuldades e contratempos, nas áreas da reencarnação, recorda o patrimônio das bênçãos de que dispões, afim de que os dissabores e empeços educativos da existência não te sufoquem as possibilidades de trabalhar e de auxiliar.
Atravessas incompreensões e tribulações em família. Entretanto, possuis saúde relativa e recursos, ainda que mínimos, para vencê-las construtivamente até que se extingam de todo.
Sofres com os entraves do parente difícil. Todavia, guardas contigo a luz da compreensão, de modo a ajudá-lo a solver os conflitos e inibições de que se sente objeto.
Trabalhas afanosamente na proteção econômica indispensável a vários entes queridos. Mas não te escasseiam energias e oportunidades de serviço, a fim de ampará-los até que possam dispensar o concurso mais intenso.
Respondes por determinadas tarefas de socorro material e espiritual em benefício de muitos, e em muitas circunstâncias sentes a presença da exaustão. No entanto, aparecem providencialmente criaturas e acontecimentos que te refazem as forças para que a obra continue.
Assumiste pesadas obrigações que te compelem a enormes prejuízos a favor de outrem, e, por vezes, te supões na total impossibilidade de satisfazer aos compromissos próprios. Contudo, novo alento te visita o espírito e pouco a pouco atinges a liquidação de todos os débitos que te oneram a responsabilidade.
Em todas as provas que te assaltam os dias considera a quota das bênçãos que te rodeiam. E, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.

Do livro Rumo Certo: Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015



Mãos Limpas

"E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias". (Atos, 19:11)

O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele.
O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que lhe apresentarem mãos limpas.
Muitos espíritos, mas convencionalistas que propriamente religiosos, encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios que teriam sido concedidos ao Apóstolo.
Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é exclusiva.
A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar o trabalhador militante.
Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos?
Raros indagam relativamente a isso.
Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém, movimentara-se entre elevados encargos públicos, detivera dominadoras situações; no entanto, para que o Todo-Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu todas as humilhações e dispôs-se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes.
Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas.
Apesar de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até à velhice do corpo.
Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para os serviços edificantes, junto à Humanidade.
Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve resplandecer sobre os caminhos humanos.

Emmanuel

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015


Se tiveres amor

Se tiveres amor, caminharás no mundo como alguém que transformou o próprio coração em chama divina a dissipar as trevas...Encontrarás nos caluniadores almas invigilantes que a peçonha do mal entenebreceu, e relevarás toda ofensa com que te martirizem as horas...Surpreenderás nos maldizentes criaturas desprevenidas que o veneno da crueldade enlouqueceu, e desculparás toda injúria com que te deprimam as esperanças...Observarás no onzenário a vitima da ambição desregrada, acariciando a ignomínia da usura em que atormenta a si próprio, e no viciado o irmão que caiu voluntariamente na poça de fel em que arruína a si mesmo...Reconhecerás a ignorância em toda manifestação contrária à justiça e descobrirás a miséria por fruto dessa mesma ignorância em toda parte onde o sofrimento plasma o cárcere da delinquência, o deserto do desespero, o inferno da revolta ou o pântano da preguiça...Se tiveres amor saberás, assim, cultivar o bem, a cada instante, para vencer o mal a cada hora...E perceberás, então, como o Cristo fustigado na cruz, que os teus mais acirrados perseguidores são apenas crianças de curto entendimento e de sensibilidade enfermiça, que é preciso compreender e ajudar, perdoar e servir sempre, para que a glória do amor puro, ainda mesmo nos suplícios da morte, nos erga o espírito imperecível à bênção da vida eterna.



Emmanuel 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015


O Bem

O bem ilumina o sorriso
Também pode dar proteção
O bem é o verdadeiro amigo
É quem da o abrigo é quem estende a mão
Num mundo de armadilhas e pecados
Armado, tão carente de amor
Às vezes é bem mais valorizado
Amado, endeusado quem é traidor
E o bem é pra acabar com desamor
Se a luz do sol não para de brilhar
Se ainda existe noite e luar
O mal não pode superar 
Quem tem fé pra rezar diz amém
E ver que todo mundo é capaz 
De ter um mundo só de amor e paz
Quando faz só bem, quando só faz o bem
Se a luz do sol não para de brilhar
Se ainda existe noite e luar
O mal não pode superar
Quem tem fé pra rezar diz amém
E ver que todo mundo é capaz
De ter um mundo só de amor e paz
Quando faz bem.

Arlindo Cruz

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015



O beneficio da Prece

“Na pureza fraternal vista quase sempre nos semblantes infantis, encontramos refugio como se estivéssemos observando o próprio Criador.
A essência da criança trazida de outrora e munida de conhecimento e sabedora por vezes é tida como completa inocência, porém é dotada de conhecimento.
Ensinar a criança a realizar uma prece de agradecimento por todas as coisas é de fundamental importância para canalização de positividade e catequização de uma área boa em efeito progressivo.
Espontaneamente poderemos ver na crianças os agradecimentos pelo alimento, pela casa, pela própria vida, pela vida dos seus...
A prece deve ser levada a sério, para que cada vez mais o olhar fraterno e a humildade de agradecer esteja evidenciada.
Que a prece sentida seja forte aliada no coração de todos, com a certeza do melhoramento interno causado pela mesma.”

Assim Seja

Leandro Tadeu Gomes 

*Os textos são registrados, caso queiram uma cópia solicitar pelo email do Blog, raiosdeluz23@gmail .com

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015



O templo do Lar

Indiscutivelmente, o avanço científico do mundo estabelece múltiplos sistemas de cura na atualidade terrestre.Vitaminas e hormônios, eletricidade e magnetismo, fluidos e melodias são recursos empregados no fortalecimento da saúde humana.
Acreditamos, no entanto, que o culto doméstico do Evangelho é a fonte real da medicina preventiva, sustentando as bases do equilíbrio físico-psíquico.O centro da vicia reside na mente e a mente se nutre de emoções e ideias. É que se coloca sob a orientação do Cristo, aceitando-Lhe o governo espiritual no campo íntimo, harmoniza-se com a Boa Lei, purificando propósitos, elevando atitudes e sublimando resoluções que edificam a consciência e o coração para a Vida Superior.
Os princípios evangélicos são elementos de vida, e convenientemente aplicados no recesso do lar, sanam as chagas da maledicência, previnem a cólera destrutiva, curam os efeitos desastrosos da imprudência, afastam os perigos da antipatia gratuita, balsamizam as úlceras da desilusão e favorecem o clima da fraternidade e da confiança, suscetível de criar a felicidade verdadeira para quantos se empenham na evolução, no reajuste, na melhoria e na elevação.
Pensar bem é edificar o que é bom. E somente Jesus é o Mestre do pensamento reto e purificado, a expressar em favor do erguimento comum, no repouso e no trabalho, no silêncio e no ruído, na dor e na alegria, que constituem importantes posições de nossa viagem para os cimos da vida.
Cultivar o Evangelho, no santuário familiar, é nortear a nossa experiência para o Reinado de Deus, em nós e fora de nós.
Criar semelhante serviço, pois, no domicílio de nossas almas, é simples dever, porquanto, pela palavra que ensina e ajuda, aprenderemos a abrir as portas do coração para que, na intimidade de nós mesmos, possamos sentir a Divina Presença de Jesus, nosso Mestre e Senhor.

Pio Ventania/ Francisco Cândido Xavier