quinta-feira, 13 de dezembro de 2012



Na Instrumentalidade

"Como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?" -
Paulo. I CORÍNTIOS, 14:7.

Cada companheiro de serviço cristão deveria considerar-se
instrumento nas mãos do Divino Mestre, a fim de que a sublime
harmonia do Evangelho se faça irrepreensível para a vitória completa
do bem.
Todavia, se a Ilimitada sabedoria do Celeste Emissor se mantém
soberana e perfeita, os receptores terrenos pecam por deficiências
lamentáveis.
Esse tem fé, mas não sabe tolerar as lacunas do próximo.
Aquele suporta cristãmente as fraquezas do vizinho, contudo, não
possui energia nem mesmo para governar os próprios impulsos.
Aquele outro é bondoso e confiante, mas foge ao estudo e à
meditação, favorecendo a ignorância.
Outro, ainda, é imaginoso e entusiasta, entretanto, escapa sutilmente
ao esforço dos braços.
Um é conselheiro excelente, no entanto, não santifica os próprios
atos.
Outro retém brilhante verbo na pregação doutrinária, todavia, é
apaixonado cultor de anedotas menos dignas com que desfigura o
respeito à revelação de que é portador.
Esse estima a castidade do corpo, mas desvaira-se pela aquisição de
dinheiro fácil.
Outro, mais além, conseguiu desprender-se das
posses de ouro e terra, casa e moinho, mas cultiva
verdadeiro incêndio na carne.
É indiscutível a nossa imperfeição de seguidores da Boa Nova.
Por isso mesmo, guardamos o título de aprendizes.
O Planeta não é o paraíso terminado e achamo-nos, por nossa vez,
muito distantes da angelitude.
Todavia, obedecendo ou administrando, ensinando ou combatendo, é
indispensável afinar o nosso instrumento de serviço pelo diapasão do
Mestre, se não desejamos prejudicar-lhe as obras.
Evitemos a execução insegura, indistinta ou perturbadora,
oferecendo-lhe plena boa-vontade na tarefa que nos cabe, e o Reino
Divino se manifestará
mais rapidamente onde estivermos.



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